Hiperlordose
- taynasmeirelles
- 29 de mai. de 2022
- 2 min de leitura

Eu tenho um irmão mais velho. Quando a gente era criança, tudo o que ele fazia, eu também queria fazer. Um dia, nós estávamos assistindo TV e estava passando o desenho de um urso que dançava em cima de uma bola.
Foi por causa de crianças como nós que os desenhos começaram a falar "não tentem isso em casa!"
Caio, meu irmão (que na época tinha 4 anos), subiu em uma bola, dançou e desceu com toda a sua destreza. Eu, que na época tinha 2 anos, escalei a bola e é claro que o fim dessa história resultava em hospital e gesso.
Mas eu não quebrei o braço. O osso saiu do lugar. Desencaixou. E isso foi só a primeira vez de muitas. Acontece que meus ligamentos, assim como eu, são frouxos. E eu deveria trabalhar muito bem a musculatura para mantê-los no lugar. "Deveria" vem do latim "risadus histéricus, até pareçus, todo dia uma desculpus".
Só que existe o compromisso que eu marquei comigo mesma de me exercitar e aí eu fico achando que não sou sedentária só porque está marcado na agenda. E a consequência disso sou eu topar fazer a trilha das sete cachoeiras e sair de lá com a perna engessada.
Por quê? Caí? Não. Eu só andei e luxou. Simples assim. Tive que fazer fisioterapia pela primeira vez pra ficar em condições de começar uma academia. E durante esse tratamento a fisioterapeuta começou a me passar uns exercícios de pilates e yoga dizendo:
— Presta atenção nesses porque eles são bons pra quem tem lordose.
— Eu tenho lordose? — Pra mim foi estranho porque até então eu sabia que o ligamento era frouxo, mas ninguém jamais tinha falado de coluna torta.
— Não. Você tem HIPERlordose.
— a
Então, achei adequado colocar o nome da minha coluna aqui no blog de Hiperlordose. O nome perfeito para uma coluna torta, desestruturada, sem amarras e minha.
Obrigada por ter vindo ao batismo dela. Ide em paz!
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